Aproveitando esta Semana Santa da cultura cristã, marcada pela distribuição de ovinhos de Páscoa para desejar prosperidade, encontrei inspiração para compartilhar minha percepção sobre a conexão entre desenvolvimento humano e organizacional e a prosperidade.
Neste texto, é encontrada uma síntese de diversas conversas com meus coachees dirigentes de startups, de empreendimentos de pequeno e médio porte em termos de número de colaboradores ou de empreendimentos sociais e espero que o resultado deste esforço de compartilhamento seja útil para você leitor, ao menos para refletir ainda mais sobre como produzir prosperidade e compartilhá-la com seus colaboradores.
Distante de ser um texto científico, trata-se da expressão de experiências relacionadas às dúvidas de bastidor dos empreendedores sobre o quanto se deve, pode, quer ou não investir em ampliação de consciência de cada colaborador a fim de produzir prosperidade empresarial que possa ser usufruída por todos.
A literatura é farta em relatos de modelos que foram bem-sucedidos em grandes empresas, que nem sempre são aplicáveis diretamente em empreendimentos de menor porte em função da condição específica do empreendedor e da fase em que se encontra seu empreendimento.
Cabe aos dirigentes a desafiante tarefa de fazer a ponte entre o que é possível ou não aplicar em seus empreendimentos, a partir dos exemplos das grandes empresas de sucesso. Eles podem realizar estas pontes de forma autônoma ou assistida.
Decidir investir em mentoria para promover seu auto conhecimento e ampliar sua capacidade de gestão para melhorar a qualidade de suas escolhas sempre gera muitas dúvidas por ser esse serviço intangível e aplicado à transformação da cultura e do comportamento humano e organizacional, também intangíveis. Não ter tempo e recursos financeiros costumam ser argumentos diante da dúvida da utilidade. Espero que este artigo possa ajudar o leitor a refletir sobre isso.
Gosto de começar conversas definindo os termos sobre o que vamos conversar para ajudar a reduzir o risco de mal entendidos..
Assim, começo por conceituar brevemente o que é comportamento organizacional para depois conceituar do que se trata seu desenvolvimento. O comportamento organizacional é fruto do comportamento das pessoas que trabalham no empreendimento e que lhe dão vida. A forma como o próprio empreendedor olha e aposta em seus colaboradores pode alterar o comportamento deles para o bem e para o mal.
Não há como transformar (mudar de forma) o comportamento de uma organização de modo consistente, – isto é – desenvolvê-lo, sem trabalhar a dimensão singular humana de cada colaborador, a começar pelos próprios empreendedores ou tomadores de decisão. Este processo pode se dar individual ou coletivamente, mas sempre é no um a um, para que os efeitos desejados de evolução sejam produzidos e usufruídos por todos.
As organizações nascentes ou em fase de crescimento, bem como as em fase de reestruturação enfrentam desafios específicos que precisam ser cuidadosamente gerenciados para que o resultado almejado seja obtido. Algumas destas questões estão relacionadas, entre outras dimensões:
ao alinhamento de percepções dos dirigentes sobre que objetivos almejar,
às estratégias a escolher para alcançar tais objetivos,
à distribuição das atribuições entre a equipe para que haja um fluxo harmônico de trabalho,
ao processo decisório, que considere a propriedade da empresa e, ao mesmo tempo, o saber específico de cada um para tomar decisões que levem a empresa, seus sócios e colaboradores a um sentimento de justiça em termos dos esforços realizados para produzir a prosperidade almejada, qualquer que sejam as dimensões usadas para defini-la, e o usufruto de seus resultados, sem esquecer dos benefícios que necessariamente precisam ser entregues aos clientes e à sociedade.
Os acordos sobre essas dimensões organizacionais estratégicas afetam consideravelmente as atitudes, motivações, engajamentos e a qualidade de vida no trabalho e, consequentemente, a própria produtividade do negócio. Por isso, é fundamental investir no alinhamento de percepções e no desenvolvimento humano (físico, emocional, cognitivo, intelectual e, inclusive, espiritual para os que acreditam haver outras dimensões além da matéria) de cada membro do time, para que as equipes possam vivenciar comportamentos grupais, intergrupais e individuais saudáveis. Isso permitirá o empoderamento de cada um, o fortalecimento de suas autoestimas e autoconfianças como sujeitos singulares e como equipes.
O processo de comunicação e de negociação são fundamentais para sustentar o desenvolvimento da organização e das pessoas para que o “humanograma” corresponda ao “organograma” e as relações de poder ocorram de forma salutar, valorizando crenças positivas e superando crenças limitantes com base em valores compartilhados que respeitem as diferenças e sejam inclusivos para que a organização e cada um possam cumprir seu propósito existencial e viver prosperamente.
Mas o que é a prosperidade afinal a ser construída e distribuída pelas organizações entre todos? É o êxito de ter o reconhecimento e as recompensas pré-acordadas distribuídas com justiça a partir de um sistema de avaliação de desempenho dos colaboradores e dirigentes conectado com o planejamento estratégico e o sistema de treinamento e desenvolvimento existente.
Parece complexo? Por isso a gestão de inteligência emocional e o acompanhamento de um mentor experiente farão toda diferença em sua jornada rumo à prosperidade.
Outras questões sobre os desafios de empreender com excelência e seguindo no fluxo da prosperidade podem ser acompanhadas em nossa série “Aprendendo a Empreender”, que faz parte do Programa de Desenvolvimento Organizacional da Transcenderte PRO SONHAR EMPREENDER, disponível em em nosso Canal do Youtube, onde são apresentadas dicas sobre os desafios que surgem em cada fase de um empreendimento mais detalhadamente do que foi aqui apresentado pelo foco comportamental escolhido.Interessado em saber mais? Converse conosco. Confira um dos vídeos da série aqui.
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